O professor universitário Manuel Avelino de Jesus afirmou hoje na comissão
parlamentar de Obras Públicas que só depois de ter apresentado demissão da
comissão de reavaliação das parcerias público-privadas (PPP) recebeu o contrato
final do troço Poceirão-Caia do TGV.
A informação solicitada pela comissão de reavaliação "vinha a conta-gotas,
vinha incompleta. Vinha informação que não era necessária e a que era necessária
não aparecia", afirmou Avelino de Jesus perante os deputados da comissão
parlamentar, onde está a ser ouvido no âmbito de um requerimento do CDS-PP.
Durante a sua intervenção inicial, o professor universitário disse que foi
convidado pelo presidente do PSD para integrar a comissão e apresentou uma
cronologia do percurso no grupo de trabalho.
Avelino de Jesus afirmou que, a 18 de Janeiro, o Ministério das Finanças
enviou um conjunto de informação que "não tinha sido solicitada", admitindo,
contudo, que "uma parte desses elementos era útil". O professor universitário
disse ainda que recebeu "um CD em branco", ou seja, sem informação.
A 17 de Fevereiro, "depois de várias reuniões de trabalho", Avelino de Jesus
disse ter enviado um email ao presidente e aos colegas da comissão a manifestar
o seu "descontentamento" pelo modo como as coisas decorriam e a queixar-se de
"falhas na informação".
A 2 de Março, "depois da recepção de mais alguma informação, verifiquei que o
contrato sobre o troço Poceirão-Caia do TGV que me foi fornecido não estava
assinado, tinha partes em branco. Era um documento provisório e os anexos também
não me foram fornecidos", acrescentou.
"Nessa altura, a minha reacção foi pedir para ser substituído. No entanto,
aguardei mais alguns dias, até 11 de Março, sem que os elementos me tenham sido
fornecidos, e no dia 12 ou 13 telefonei ao presidente do PSD, manifestando o meu
desagrado" e informando que pediria a demissão por considerar que "não estavam
reunidas as informações para continuar a trabalhar", contou.
Avelino de Jesus disse que no dia 15 de Março, depois de ter apresentado a
carta de demissão, recebeu em mão, de um militar da GNR, uma carta datada de 11
de Março, acompanhada de um CD e de uma informação que referia que ali constavam
os dados solicitados. "O que eu me pergunto hoje é: 'Se eu não tivesse saído,
quando é que esses elementos me iriam ser entregues?'", questionou.
Avelino de Jesus disse ainda estar "muito arrependido" de não ter deixado a
comissão logo a 17 de Fevereiro.
O grupo de trabalho para a reavaliação das PPP foi constituído há cerca de
três meses, em resultado do acordo entre PSD e Governo que permitiu a
viabilização do Orçamento do Estado para 2011.Fonte: Público, 29-03-2011
parlamentar de Obras Públicas que só depois de ter apresentado demissão da
comissão de reavaliação das parcerias público-privadas (PPP) recebeu o contrato
final do troço Poceirão-Caia do TGV.
A informação solicitada pela comissão de reavaliação "vinha a conta-gotas,
vinha incompleta. Vinha informação que não era necessária e a que era necessária
não aparecia", afirmou Avelino de Jesus perante os deputados da comissão
parlamentar, onde está a ser ouvido no âmbito de um requerimento do CDS-PP.
Durante a sua intervenção inicial, o professor universitário disse que foi
convidado pelo presidente do PSD para integrar a comissão e apresentou uma
cronologia do percurso no grupo de trabalho.
Avelino de Jesus afirmou que, a 18 de Janeiro, o Ministério das Finanças
enviou um conjunto de informação que "não tinha sido solicitada", admitindo,
contudo, que "uma parte desses elementos era útil". O professor universitário
disse ainda que recebeu "um CD em branco", ou seja, sem informação.
A 17 de Fevereiro, "depois de várias reuniões de trabalho", Avelino de Jesus
disse ter enviado um email ao presidente e aos colegas da comissão a manifestar
o seu "descontentamento" pelo modo como as coisas decorriam e a queixar-se de
"falhas na informação".
A 2 de Março, "depois da recepção de mais alguma informação, verifiquei que o
contrato sobre o troço Poceirão-Caia do TGV que me foi fornecido não estava
assinado, tinha partes em branco. Era um documento provisório e os anexos também
não me foram fornecidos", acrescentou.
"Nessa altura, a minha reacção foi pedir para ser substituído. No entanto,
aguardei mais alguns dias, até 11 de Março, sem que os elementos me tenham sido
fornecidos, e no dia 12 ou 13 telefonei ao presidente do PSD, manifestando o meu
desagrado" e informando que pediria a demissão por considerar que "não estavam
reunidas as informações para continuar a trabalhar", contou.
Avelino de Jesus disse que no dia 15 de Março, depois de ter apresentado a
carta de demissão, recebeu em mão, de um militar da GNR, uma carta datada de 11
de Março, acompanhada de um CD e de uma informação que referia que ali constavam
os dados solicitados. "O que eu me pergunto hoje é: 'Se eu não tivesse saído,
quando é que esses elementos me iriam ser entregues?'", questionou.
Avelino de Jesus disse ainda estar "muito arrependido" de não ter deixado a
comissão logo a 17 de Fevereiro.
O grupo de trabalho para a reavaliação das PPP foi constituído há cerca de
três meses, em resultado do acordo entre PSD e Governo que permitiu a
viabilização do Orçamento do Estado para 2011.Fonte: Público, 29-03-2011