O documento também determina um valor máximo para o número de estacionamentos que podem ser criados em edifícios de serviços com bons acessos ao Metropolitano de Lisboa
A Câmara de Lisboa quer criar sete linhas de transportes públicos "em sítio próprio" (eléctricos ou metro de superfície), para "servir uma procura e zonas altamente geradoras de tráfego mas que não justificam por si só o metropolitano tradicional". Este projecto está previsto no novo Plano Director Municipal (PDM), mas Vasco Colaço, administrador da consultora TIS e colaborador do município, admite que a sua concretização nos próximos anos "será muito difícil".
Vasco Colaço falava ontem numa sessão pública que a autarquia promoveu, no Centro de Informação Urbana de Lisboa, para dar a conhecer aquilo que o PDM contempla no domínio da mobilidade. Segundo explicou o engenheiro especialista em planeamento e gestão de sistemas de transportes, foi a TIS que trabalhou essa temática, em colaboração com técnicos e serviços municipais.
O PDM, que está em discussão pública até 20 de Maio, prevê a existência de oito linhas de transporte público "em sítio próprio". Dessas apenas sete terão de ser criadas de raiz porque a última, entre Algés e a Praça da Figueira, já existe com o eléctrico 15 da Carris. De acordo com Vasco Colaço, as novas linhas deverão ligar Benfica a Santa Apolónia, Cais do Sodré ao Parque das Nações, Miraflores a Alcântara, Alta de Lisboa à Gulbenkian, Parque das Nações a Sete Rios, Entrecampos ao Oriente e Portela a Benfica.
O administrador da TIS explicou que nesta fase "não se diz qual a solução tecnológica associada", porque isso dependerá de estudos posteriores sobre "níveis de procura, disponibilidades físicas e restrições de declive". Vasco Colaço admitiu também que "a concretização destas linhas nos próximos anos será muito difícil", mas disse que este pode ser "um processo faseado": as ligações preconizadas no PDM podem começar por ser realizadas em autocarros que circulem em corredores próprios e quando houver possibilidade pode-se então "evoluir para modos com mais qualidade e conforto".
O documento que está actualmente em discussão pública prevê também outros investimentos, neste caso do Governo, que não se sabe quando serão concretizados: na rede ferroviária a ligação da Linha de Cascais à Linha de Cintura e a Terceira Travessia do Tejo; na rede do Metropolitano de Lisboa o prolongamento da Linha Amarela do Rato ao Cais do Sodré, a bifurcação da Linha Azul para Benfica e o prolongamento da Linha Vermelha de São Sebastião a Alcântara e do Aeroporto à Pontinha.
O novo PDM apresenta também uma série de propostas ao nível do estacionamento, tanto privado como público. Uma das novidades é que daqui em diante quem quiser criar estacionamentos em edifícios de serviços não poderá ultrapassar um determinado número de lugares. Esse tecto, frisou Vasco Colaço, existirá apenas nas zonas bem servidas por transportes públicos.
Quanto à rede rodoviária, o consultor explicou que a ideia é passar de "uma estrutura radioconcêntrica", em que se facilitava o acesso ao centro da cidade através de eixos radiais, para um "modelo de malha reticulada". Para tal será adoptada "outra lógica de gestão de cruzamentos", por exemplo tornando possíveis as viragens à esquerda para quem circula nas Avenidas da República ou do Almirante Reis.Fonte: Público,19-04-11, Inês Boaventura
A Câmara de Lisboa quer criar sete linhas de transportes públicos "em sítio próprio" (eléctricos ou metro de superfície), para "servir uma procura e zonas altamente geradoras de tráfego mas que não justificam por si só o metropolitano tradicional". Este projecto está previsto no novo Plano Director Municipal (PDM), mas Vasco Colaço, administrador da consultora TIS e colaborador do município, admite que a sua concretização nos próximos anos "será muito difícil".
Vasco Colaço falava ontem numa sessão pública que a autarquia promoveu, no Centro de Informação Urbana de Lisboa, para dar a conhecer aquilo que o PDM contempla no domínio da mobilidade. Segundo explicou o engenheiro especialista em planeamento e gestão de sistemas de transportes, foi a TIS que trabalhou essa temática, em colaboração com técnicos e serviços municipais.
O PDM, que está em discussão pública até 20 de Maio, prevê a existência de oito linhas de transporte público "em sítio próprio". Dessas apenas sete terão de ser criadas de raiz porque a última, entre Algés e a Praça da Figueira, já existe com o eléctrico 15 da Carris. De acordo com Vasco Colaço, as novas linhas deverão ligar Benfica a Santa Apolónia, Cais do Sodré ao Parque das Nações, Miraflores a Alcântara, Alta de Lisboa à Gulbenkian, Parque das Nações a Sete Rios, Entrecampos ao Oriente e Portela a Benfica.
O administrador da TIS explicou que nesta fase "não se diz qual a solução tecnológica associada", porque isso dependerá de estudos posteriores sobre "níveis de procura, disponibilidades físicas e restrições de declive". Vasco Colaço admitiu também que "a concretização destas linhas nos próximos anos será muito difícil", mas disse que este pode ser "um processo faseado": as ligações preconizadas no PDM podem começar por ser realizadas em autocarros que circulem em corredores próprios e quando houver possibilidade pode-se então "evoluir para modos com mais qualidade e conforto".
O documento que está actualmente em discussão pública prevê também outros investimentos, neste caso do Governo, que não se sabe quando serão concretizados: na rede ferroviária a ligação da Linha de Cascais à Linha de Cintura e a Terceira Travessia do Tejo; na rede do Metropolitano de Lisboa o prolongamento da Linha Amarela do Rato ao Cais do Sodré, a bifurcação da Linha Azul para Benfica e o prolongamento da Linha Vermelha de São Sebastião a Alcântara e do Aeroporto à Pontinha.
O novo PDM apresenta também uma série de propostas ao nível do estacionamento, tanto privado como público. Uma das novidades é que daqui em diante quem quiser criar estacionamentos em edifícios de serviços não poderá ultrapassar um determinado número de lugares. Esse tecto, frisou Vasco Colaço, existirá apenas nas zonas bem servidas por transportes públicos.
Quanto à rede rodoviária, o consultor explicou que a ideia é passar de "uma estrutura radioconcêntrica", em que se facilitava o acesso ao centro da cidade através de eixos radiais, para um "modelo de malha reticulada". Para tal será adoptada "outra lógica de gestão de cruzamentos", por exemplo tornando possíveis as viragens à esquerda para quem circula nas Avenidas da República ou do Almirante Reis.Fonte: Público,19-04-11, Inês Boaventura