A demissão do Governo e a dissolução da Assembleia da República impuseram um compasso de espera na luta desencadeada pelo Movimento de Cidadãos de Beja para manter o Intercidades entre a capital do Baixo Alentejo e Lisboa, mas já estão a ser preparadas novas iniciativas.
Isto mesmo foi dito numa reunião pública realizado na noite de segunda-feira com ao objectivo de debater a continuação do movimento até à tomada de posse do novo Governo. No termo do encontro ficou decidido que a 28.ª edição da Ovibeja, a realizar de 4 a 8 de Maio, no Parque de Feiras e Exposições de Beja, e a próxima campanha eleitoral para as legislativas serão os novos palcos da contestação do fecho do serviço, que será reforçada com a venda de centenas de camisolas e bandeiras com ao lema "Beja merece... comboio".
Florival Baioa, membro do movimento de cidadãos, deu conta às cerca de 50 pessoas presentes na reunião do teor dos encontros que o grupo tem mantido com representantes de todos os partidos políticos, com a Comissão de Transportes da Assembleia da República e com o secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca. Este explicou aos representantes do movimento que a electrificação do ramal ferroviário, entre Casa Branca e Beja, "é neste momento impossível, dada a situação financeira do país", adiantando apenas que a elaboração de um estudo e a possível candidatura de um projecto neste sentido a programa comunitário "podem ser pensados".
O mesmo membro do Governo disse aos presentes que os cinco municípios alentejanos servidos pelo comboio Intercidades aceitaram o transbordo de passageiros em Casa Branca e a sua deslocação de e para Beja em automotoras movidas a diesel. Esta posição das autarquias contraria os princípios defendidos pelo movimento, que exige a reposição da situação anterior, ou seja, duas composições diárias do Intercidades directas de Beja para Lisboa e volta sem qualquer transbordo na estação de Casa Branca.
Quanto à ligação entre Beja e Funcheira, na linha do Algarve, Florival Baioa afirmou que a sua suspensão já foi decidida pela CP, faltando apenas saber quando é que ela se tornará efectiva. O dirigente do movimento mostrou-se muito crítico em relação às autarquias de Beja, Cuba, Alvito e Viana do Alentejo, que até este momento "não se dignaram" reivindicar junto da tutela dos Transportes a manutenção das ligações do comboio Intercidades.
Referindo-se à petição entregue em Março na Assembleia da República, adiantou que a sua discussão vai ter lugar na próxima legislatura. Antes disso, porém, os líderes partidários que se deslocarem à Ovibeja vão ser interpelados pelo movimento no sentido de saberem se a manutenção do Intercidades está contemplada nos seus programas eleitorais.Fonte: Público, 09-04-11 - Carlos Dias
Isto mesmo foi dito numa reunião pública realizado na noite de segunda-feira com ao objectivo de debater a continuação do movimento até à tomada de posse do novo Governo. No termo do encontro ficou decidido que a 28.ª edição da Ovibeja, a realizar de 4 a 8 de Maio, no Parque de Feiras e Exposições de Beja, e a próxima campanha eleitoral para as legislativas serão os novos palcos da contestação do fecho do serviço, que será reforçada com a venda de centenas de camisolas e bandeiras com ao lema "Beja merece... comboio".
Florival Baioa, membro do movimento de cidadãos, deu conta às cerca de 50 pessoas presentes na reunião do teor dos encontros que o grupo tem mantido com representantes de todos os partidos políticos, com a Comissão de Transportes da Assembleia da República e com o secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca. Este explicou aos representantes do movimento que a electrificação do ramal ferroviário, entre Casa Branca e Beja, "é neste momento impossível, dada a situação financeira do país", adiantando apenas que a elaboração de um estudo e a possível candidatura de um projecto neste sentido a programa comunitário "podem ser pensados".
O mesmo membro do Governo disse aos presentes que os cinco municípios alentejanos servidos pelo comboio Intercidades aceitaram o transbordo de passageiros em Casa Branca e a sua deslocação de e para Beja em automotoras movidas a diesel. Esta posição das autarquias contraria os princípios defendidos pelo movimento, que exige a reposição da situação anterior, ou seja, duas composições diárias do Intercidades directas de Beja para Lisboa e volta sem qualquer transbordo na estação de Casa Branca.
Quanto à ligação entre Beja e Funcheira, na linha do Algarve, Florival Baioa afirmou que a sua suspensão já foi decidida pela CP, faltando apenas saber quando é que ela se tornará efectiva. O dirigente do movimento mostrou-se muito crítico em relação às autarquias de Beja, Cuba, Alvito e Viana do Alentejo, que até este momento "não se dignaram" reivindicar junto da tutela dos Transportes a manutenção das ligações do comboio Intercidades.
Referindo-se à petição entregue em Março na Assembleia da República, adiantou que a sua discussão vai ter lugar na próxima legislatura. Antes disso, porém, os líderes partidários que se deslocarem à Ovibeja vão ser interpelados pelo movimento no sentido de saberem se a manutenção do Intercidades está contemplada nos seus programas eleitorais.Fonte: Público, 09-04-11 - Carlos Dias